Sabe aquela sensação de passar horas (ou até dias) mergulhado em dados, construindo dashboards cheios de insights e gráficos incríveis, e depois perceber que tudo isso acaba em uma pasta esquecida ou em uma apresentação que ninguém vai olhar de novo? Pois é, isso acontece mais do que a gente gostaria. Mas tem um motivo para isso, e a solução também pode estar nas mãos dos analistas de dados: sugerir ações de negócio a partir das análises que fazemos.

O papel do analista de dados vai além dos números

Quando a gente pensa em analista de dados, a imagem que vem à mente é de alguém que sabe lidar com números como ninguém. Mas o papel vai muito além de simplesmente criar relatórios ou dashboards bonitos. O verdadeiro valor de um analista está em transformar esses números em histórias que direcionam ações estratégicas para o negócio.

Imagine que você acabou de descobrir, através de uma análise, que as vendas de um determinado produto estão despencando em uma região específica. Se você simplesmente entrega esse dado para o time de vendas ou para a gestão sem nenhuma sugestão do que fazer a respeito, é como se estivesse entregando um quebra-cabeça sem as peças principais. Eles vão olhar, entender que há um problema, mas não necessariamente saber como resolver.

A importância de contextualizar e sugerir ações

É aí que entra a importância de sugerir ações. Quando você apresenta um problema, como no exemplo das vendas, é essencial também sugerir possíveis soluções. Isso não só demonstra seu entendimento profundo dos dados, mas também do negócio como um todo. E é isso que faz com que o seu trabalho tenha impacto real.

Por exemplo, ao invés de apenas mostrar que as vendas caíram, você poderia sugerir que o time de marketing faça uma campanha específica naquela região, ou que o time de produto avalie possíveis adaptações para aquele mercado. Essas sugestões dão um direcionamento claro e prático para quem toma decisões, aumentando as chances de que suas análises sejam levadas a sério e, mais importante, colocadas em prática.

Dashboards que contam histórias

Um bom dashboard é mais do que uma coleção de gráficos. Ele deve contar uma história. E essa história precisa ter um começo (o contexto), um meio (os dados) e um fim (as ações sugeridas). Se você constrói um dashboard que mostra todos os KPIs importantes, mas não aponta caminhos de ação, é como se estivesse escrevendo um livro sem final.

Ao sugerir ações diretamente no dashboard, você facilita a vida dos gestores e equipes, que não precisam perder tempo interpretando os dados por conta própria. Isso também ajuda a criar uma cultura de ação orientada por dados dentro da empresa. As pessoas começam a perceber que os dashboards não são só relatórios estáticos, mas ferramentas dinâmicas que podem guiar decisões de negócios.

Comunicação é a chave

Não adianta nada ter insights poderosos se você não sabe comunicá-los de forma eficaz. Isso inclui tanto a clareza nas apresentações quanto a habilidade de vender suas ideias. Muitas vezes, a gente cai na armadilha de usar linguagem técnica demais ou supor que todo mundo entende o que estamos falando. Mas a verdade é que, para muitas pessoas, os dados ainda são um campo desconhecido.

Por isso, é importante traduzir os números em uma linguagem que seja acessível para todos. Isso não significa simplificar demais, mas sim contextualizar. Mostrar como aquelas métricas impactam diretamente os objetivos de negócio da empresa e, claro, sugerir o que pode ser feito a partir delas.

Analistas de dados como estrategistas

No final das contas, ser um analista de dados eficaz vai muito além de ser bom com números. Trata-se de ser um estrategista que entende como usar os dados para influenciar decisões de negócios. Ao sugerir ações baseadas nas suas análises, você não só agrega valor ao seu trabalho, mas também à empresa como um todo. E, com isso, garante que seus dashboards e relatórios não fiquem esquecidos em uma pasta qualquer, mas sim que sejam utilizados como ferramentas relevantes para o sucesso do negócio.